Hoje em dia não existe mais aquela história dos pais escolherem os maridos para suas filhas; também já se foi o tempo em que um rapaz tinha que pedir ao pai da moça para namorar com ela, nos nossos tempos quase ninguém vive um processo de conhecimento e aproximação para namorar alguém; agora é mais fácil não precisa de nada disso! Basta você começar a “ficar” com a alguém; se vocês gostarem… ótimo! Vocês começam a namorar, se não vai cada um pro seu lado e tudo certo!
O “Ficar” como todo mundo sabe, e se você não sabe vou te explicar, possui cinco características:
- Relacionamento sem compromisso (fidelidade não é elemento essencial)
- Relacionamento que dispensa pre-conhecimento (do outro);
- Relacionamento de tempo indeterminado (um minuto, uma hora, uma noite, várias… etc.)
- Relacionamento que pode acontecer a partir da simples atração física;
- Relacionamento que começa com um beijo e que pode chegar até uma relação sexual.
Mas e aí ficar é certo ou errado? Vamos tentar descobrir…
Nossa sociedade vive um tempo que chamo de “transtorno de estresse pós-traumático“, o tipo de coisa que acontece depois de uma situação muito difícil como um trauma, um acidente, etc.. Depois disso a pessoa passa a evitar tudo o que se relaciona ao trauma ocorrido; por exemplo a pessoa tem medo de lugares fechados, porque um dia ficou presa no elevador, evita entrar em um carro porque um dia quase morreu em um acidente… enfim.
O trauma afetivo da nossa sociedade foi causado exatamente quando vivíamos “naquele tempo” em que ninguém podia nada e as pessoas eram obrigadas a ficar com quem não queriam, vivíamos um tempo de certa repressão afetiva, mas o que vivemos agora é totalmente contrário, fomos para o outroextremo, saímos do “nada pode” para o “tudo pode”, saímos da “repressão” para a “perversão”.
Porém aprendi que transtornos precisam ser curados e que todo desequilíbrio évício corrosivo que destrói e pode matar. Um dos ícones desse transtorno é o que conhecemos como Revolução Sexual, evento que segundo o filósofo Luiz Felipe Pondé “foi um dos maiores engodos da história recente”; e o “ficar” é infelizmente neta legítima dessa Revolução.
Ficar é errado? O que você acha? Será que um relacionamento em que o fator fidelidade não é importante é certo? Como se pode exigir fidelidade de alguém que foi sendo educado para ser infiél na Faculdade de Ensino Superior do “Ficar” Federal?
Será que conhecer a pessoa que vou me envolver é necessário? Mas o que é conhecer alguém? Conhecer é simplesmente saber o nome (coisas que muitos ficantes nem sabem ou esquecem com a mesma facilidade que pegam outra (o)!)? Será que uma pessoa que “fica” (ou se deixa “ficar”) com alguém, simplesmente porque encontrou (ou tem) um corpinho e/ou um rosto bonito, espera de verdade um dia ser amada (o) e valorizada (o), por aquilo que tem dentro e não por aquilo que está fora? Não machuca ser tratada (o) ou tratar os outros assim? E ainda ter que ouvir (ou dizer): “fiquei por ficar”? Será que isso te satisfaz mesmo?
Será que pode ser certo algo que começe com um “beijo descomprometido” (coisa que nem mesmo as prostitutas fazem, porque sexo pode até ser comprável, mas um beijo nunca! O beijo exige sentimentos de nobreza maior…) e que pode terminar com o sexo irresponsável feito de qualquer forma sem medir consequências (gravidez, doenças, youtube, etc…), quase sempre feito bem
escondido das pessoas que você mais ama, porque elas não ficariam muito feliz em saber disso?
E aí? Ficar é errado? Alguém poderia dizer: “Ah, mas eu só fico se eu gostar da pessoa…” E será que é certo com você mesma (o) aceitar que alguém fique com você somente “por pena ou dó” se aproveitando das suas carências? Você se deu o trabalho de saber se ele gosta de você? Se gosta por que não namoram? E se não gosta… será que você não vai se machucar muito mais quando ve-lo (a) com outra pessoa? Afinal ninguém pode exigir exclusividade no “ficar” não é?
Outros diriam : “Como vou saber se ela (ele) é a pessoa certa se eu não ficar”? Primeiro que as pessoas não são carros pra você fazer test-drive (eu experimento, se gostar… eu levo!), segundo que pra descobrir a pessoa certa ou saber se vai gostar dessa pessoa e vice-versa, isso com certeza você não vai descobrir pelo beijo (ou pelas outras coisas…).
Tem muita gente por aí que pode beijar muito bem, mas é um “cavalo” na hora de conversar, tem muita gente por aí que pode fazer “as outras coisas” com você de uma forma muito prazerosa, mas você nunca vai ser para ele (a) mais que uma (um) ficante… alguém que pode até te fazer muito feliz na cama, mas por outro lado pode te fazer viver as experiências mais amargas da sua vida fora dela.
Se quer conhecer a pessoa certa e descobri se vai gostar dela e se ela vai gostar de você, use sua boca pra outra coisa… tem uma passagem na Bíblia que vai teajudar: “Os lábios do justo saberão agradar, mas a boca dos maus é meraperversão” (Pr 10,32). Olha que coisa maravilhosa! O manual da vida (A
Bíblia) está dizendo que a primeira forma pra conhecer alguém de verdade é ouvindo-a.
Pode ter certeza se você não se agradar do que está dentro dele (a)… o que está fora também não vai te satisfazer… e se ele (a) não estiver interessado nas melodias do seu coração… “cai fora! É fria”! Porquesurdes afetiva é o primeiro sintoma de uma doença chamada desamor. Se quiser que as coisas terminem do jeito certo, então começe do jeito certo… e se depois de todo esse texto ainda existe alguém que está se perguntando: Ficar é errado? Vou te responder com todas as letras (e sem interrogação): “Ficar é errado!”
Deus abençoe
Pe. Sóstenes Vieira
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