Deus não fez ninguém para a mediocridade ou para ficar “amassando barro” no pecado. Alegra-nos saber que fomos feitos para buscar as coisas do alto, para a verdade, a bondade e a beleza. E toda a vida cristã será um exercício em direção à santidade, olhando para o Céu. Desejar menos do que isso é reduzir a grandeza do ser humano. Trata-se do caminho da perfeição, chamada pelos cristãos de "santidade".
Jesus garantiu aos Seus discípulos, com promessa segura, a vinda do Espírito Santo, dado em penhor da autenticidade de suas palavras. Sua ação não se restringe ao interior da vida eclesial, mas se estende e se realiza onde quer que se faça o bem. De fato, todo suspiro de perfeição e bondade em qualquer recanto da terra tem nele sua fonte. E no tempo da Igreja, até a volta gloriosa do Senhor, o Espírito Santo conduz a Igreja e todos os cristãos.
Entretanto, a vida espiritual, como convite a todos os que escolhem Deus como tudo de sua existência, é chamada à plenitude, no exercício das virtudes e no acolhimento dos dons do Espírito Santo e à bem-aventurança. As virtudes nos fazem participar da vida sobrenatural de Cristo de modo “humano”, como um exercício a que a teologia espiritual chama de “ascese”, árduo caminho de subida até o monte que é Cristo. Virtudes são hábitos infundidos pela graça de Deus para iluminados pela fé e fortalecidos pela caridade. Elas são como músculos, forças espirituais que atuam na pessoa, pela graça de Deus. Dentre tantas, a fé, esperança e caridade, virtudes teologais, e as virtudes morais da prudência, justiça, fortaleza e temperança.
Em Jesus Cristo está a plenitude dos dons do Espírito, a sabedoria, a inteligência, conselho, a fortaleza, o entendimento e o temor de Deus (cf. Is 11, 1-2). E sabemos que os cristãos participam da mesma riqueza de Cristo, pois recebem de sua plenitude “graça sobre graça” (Jo 1, 16). Do Espírito Santo nos vêm princípios de vida ainda mais perfeitos, que nos fazem participar da vida de Cristo de um modo “divino”. Os dons do Espírito Santo são hábitos sobrenaturais infundidos nas pessoas para que recebam com prontidão as iluminações e moções do Espírito. Trata-se daquilo que a teologia espiritual chama de “mística”.
Os dons do Espírito Santo têm a medida do presente que vem de Deus, cuja bondade não tem limites, mas nos “sete dons”, e sete é número bíblico que indica perfeição, reconhecem-se as ações gratuitas de Deus destinadas aos Seus filhos.
Em nossa razão atua o dom da sabedoria, para julgar corretamente as coisas divinas, descobrindo o “tempero” ou sabor dado por Deus à vida, em Seu plano de salvação. Para que em nós exista a paixão pela verdade, nos é concedido o dom do entendimento. A ciência é dom do Espírito que leva a pessoa a conhecer as coisas criadas segundo Deus. O conselho é o dom que orienta as decisões práticas do dia a dia.
Em nossa vontade, o Espírito Santo age com o dom da fortaleza, para vencer o medo dos perigos e frear os impulsos da agressividade. O temor de Deus é o dom que orienta as decisões e vencer a desordem nos sentimentos. E o dom da piedade suscita um coração bom em relação a Deus, aos e parentes e no trato social.
A vida cristã, no encontro de dons e virtudes, caminho de amor e comunhão entre Deus e a humanidade, floresce, enfim, nos frutos do Espírito Santo: “amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, autodomínio” (cf. Gl 5, 19-22). E a prática das bem-aventuranças expressa a maturidade da vida cristã: a pobreza de espírito, a mansidão, as lágrimas, a fome e a sede da justiça, a misericórdia, a pureza de coração, a paz e a perseguição por causa da justiça, a mais perfeita delas, que equivale ao martírio e abarca todas as outras.
O Espírito Santo, o grande dom do Cristo Ressuscitado, derramado e acolhido do primeiro e dos sucessivos Pentecostes da vida da Igreja, venha sobre todos nós que clamamos com a Igreja: “Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz. Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons. Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde. No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem. Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós! Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele. Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente, dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei. Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons. Dai em prêmio ao forte, uma santa morte, alegria eterna. Amém”.
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.
Como resistir ao pecado
Batalha incessante
Não é fácil resistir ao pecado. A todo o momento nos vemos cercados por este inquietante incômodo, nos atormentando e querendo que nos desviemos da rota certa, do caminho seguro.
Por vezes nos deparamos com situações que não só provam a nossa fé, mas, sobretudo, colocam à prova a nossa resistência às tentações.
Lutar contra o pecado é uma batalha incessante, onde não podemos relaxar, imaginando que o inimigo está abatido e que podemos, então, decretar uma trégua. Na verdade, ele encontra-se à espreita, à postos e preparado para o ataque ao menor sinal de distração da nossa parte.
Eliminar as fontes do pecado é uma missão quase impossível. Ao nosso redor somos bombardeados todo o tempo por imagens que nos remetem ao erro. Não estou me referindo somente a o que diz respeito ao sexo e a libertinagem, mas a tudo que nos torna excessivamente competitivos no mundo atual. Esta realidade, de maneira gradativa e silenciosa, torna as pessoas isoladas dentro de si mesmas, vislumbrando apenas aquilo que é bom para elas, gerando sentimentos egoístas eferindo a caridade como um todo.
É necessário que combatamos o bom combate. Que lutemos com afinco em prol da libertação do pecado. Sim, o termo correto é libertação, pois o pecado tolhe a nossa liberdade de escolha e nos faz escravos de situações as quais não mais conseguimos dominar.
Contudo, se manter firme nesta luta não é tarefa fácil. Requer disciplina, autocontrole, uma boa dose de bom senso e, sobretudo oração. Orar e vigiar. Ao menor sinal de que a tentação está insistindo em lhe perseguir, lembre-se de que você não nasceu para o pecado. Lembre-se que uma vez sucumbido, o prazer proporcionado por ele é tão efêmero que o vazio deixado depois da falta pode lhe desnortear os sentidos.
Diante da decisão entre pecar ou não, faça-se a seguinte pergunta: ”o que é mais importante para mim, o prazer repentino, ou a felicidade eterna?”
Lembre-se disto!
Comunidade Maria de Nazaré, Ipatinga MG
Américo José Martins
americojosem@hotmail.com
O namoro não é um tempo para conhecer o outro por fora, mas por dentro e fazer o outro crescer; se isso não acontece, então este relacionamento está furado. Para dizer "sim" ao outro, você tem que dizer "não" para você. E quando isso acontece, você está fazendo o outro crescer, e isso precisa acontecer no namoro, no noivado e no casamento.
O amor é uma decisão. Quando você sobe ao altar para se casar, você diz que jura ser fiel, na saúde, doença, amar e respeitar todos os dias da sua vida, e não é uma declaração poética, mas um juramento de fidelidade até o último dia da sua vida. O jovem que não é fiel no namoro, então não será no casamento também.
É o amor que constrói, o amor não é egoísta, mas tudo suporta, tudo espera, esse é o amor de Deus, não o amor dos homens, ou das telenovelas. São Paulo compara o amor dos maridos com o amor que Cristo tem pela Sua Igreja.
Um dos problemas que mais afetam os jovens é a falta de fidelidade e a não vivência da castidade. Mais uma outra coisa: Por que muita gente não é capaz de amar? Amar é dar-se, é renúncia. E por que muitos não conseguem se dar? Porque não se possuem. Para dar algo para alguém você precisa ter posse daquilo.
Eu tenho que me possuir, e como é isso? É ter domínio sobre mim mesmo. Um homem que não tem domínio sobre si, que não consegue dominar-se diante de um prato de comida, ou aquele que não pode ver uma mulher e já vai atrás, é porque não tem comando sobre si; alguém assim não tem liberdade.
Deus não nos fez livres para fazer o mal, mas para fazer o bem. Se a liberdade não respeitar dois vínculos, que é a verdade e a responsabilidade, então não é liberdade, é loucura. Se você não consegue respeitar essas duas virtudes, é sinal de que você perdeu a razão. Ninguém é livre para abusar das pessoas. Ser livre é não ser escravo das paixões e do pecado. Livre é aquele que luta contra o pecado. Para ajudar o outro a crescer é preciso ser livre. Quem não é livre é egoísta.
Por que nós recebemos muitas cartas falando sobre o sexo no namoro? Porque para os jovens de hoje é muito difícil viver a castidade. O mundo vive um pansexualismo, no qual tudo respira a sexo. Não se vende mais um carro, roupa, sem colocar a foto de uma mulher nua. O homem é fascinado pelo corpo da mulher, por isso para o jovem é tão dificil viver a castidade. Deus fez a mulher maravilhosa, encantadora, mas existe um lugar para viver o sexo e o sexo é para ser vivido no casamento. A Igreja ensina que o sexo tem duas funções, unitiva e procriativa, mas antes disso é preciso unir as vidas, é preciso colocar uma aliança no dedo e prometer fidelidade todos os dias da vida. Depois de colocar a aliança no dedo aquele homem é da mulher e a mulher é do homem.
Marido e mulher não podem ficar muito tempo sem relação sexual, a Igreja chama isso de "débito conjugal". O sexo é a liturgia do amor conjugal, é a maior expressão de amor entre o casal. Ali não está se dando apenas um presente, uma rosa, não, é o seu corpo, a sua intimidade que você está dando ao outro. Não há sentido em entregar o seu corpo sem um compromisso conjugal.
E muitos perguntam: Eu amo meu namorado, por que não posso ter vida sexual com ele? Primeiro porque a lei de Deus não quer. E porque Deus não quer é porque Ele não é bom? Não! É porque não é bom, e isso tem um nome: Isso se chama "fornicação", e é pecado grave. Duas pessoas solteiras que se relacionam sexualmente a Igreja chama de adultério ou fornicação. Como cristão católico, você não pode, porque para nós o que vale é a Palavra de Deus.
Viver a castidade no casamento é não desejar a mulher do outro, não ver filme pornográfico e depois querer fazer o mesmo com a sua esposa. E eu, meus irmãos, continuo lutando, pois eu quero esta medalha de ouro, mas você jovem que consegue viver a castidade, a sua medalha será muito maior que a minha, porque quanto maior for a sua luta, tanto maior será o sabor da sua vitória.
Nós precisamos fazer uma santa revolução na juventude, para que os jovens vivam no namoro a castidade, para que eles se respeitem até o casamento. Porque o sexo antes do casamento estraga muito.
O Papa João Paulo II, em 1997, disse que no Brasil, por causa do sexo livre, há milhares de crianças órfãs de pais vivos. Homens covardes que abusam das meninas. E quem paga a conta é a criança, que muitas vezes é abortada, outras ficam aos cuidados dos avós ou em orfanatos. Quando uma criança é gerada no casamento não acontece isso, ou não é para acontecer de os pais abandonarem os filhos. Quando a Igreja pede que o jovem seja casto, é para ele treinar, exercitar a fidelidade para chegar ao casamento com esta fibra e com a graça de Deus.
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br
Por vezes nos deparamos com situações que não só provam a nossa fé, mas, sobretudo, colocam à prova a nossa resistência às tentações.
Lutar contra o pecado é uma batalha incessante, onde não podemos relaxar, imaginando que o inimigo está abatido e que podemos, então, decretar uma trégua. Na verdade, ele encontra-se à espreita, à postos e preparado para o ataque ao menor sinal de distração da nossa parte.
Eliminar as fontes do pecado é uma missão quase impossível. Ao nosso redor somos bombardeados todo o tempo por imagens que nos remetem ao erro. Não estou me referindo somente a o que diz respeito ao sexo e a libertinagem, mas a tudo que nos torna excessivamente competitivos no mundo atual. Esta realidade, de maneira gradativa e silenciosa, torna as pessoas isoladas dentro de si mesmas, vislumbrando apenas aquilo que é bom para elas, gerando sentimentos egoístas eferindo a caridade como um todo.
É necessário que combatamos o bom combate. Que lutemos com afinco em prol da libertação do pecado. Sim, o termo correto é libertação, pois o pecado tolhe a nossa liberdade de escolha e nos faz escravos de situações as quais não mais conseguimos dominar.
Contudo, se manter firme nesta luta não é tarefa fácil. Requer disciplina, autocontrole, uma boa dose de bom senso e, sobretudo oração. Orar e vigiar. Ao menor sinal de que a tentação está insistindo em lhe perseguir, lembre-se de que você não nasceu para o pecado. Lembre-se que uma vez sucumbido, o prazer proporcionado por ele é tão efêmero que o vazio deixado depois da falta pode lhe desnortear os sentidos.
Diante da decisão entre pecar ou não, faça-se a seguinte pergunta: ”o que é mais importante para mim, o prazer repentino, ou a felicidade eterna?”
Lembre-se disto!
Comunidade Maria de Nazaré, Ipatinga MG
Américo José Martins
americojosem@hotmail.com
A fidelidade começa no namoro
Nós precisamos fazer uma santa revolução na juventude
O namoro não é um tempo para conhecer o outro por fora, mas por dentro e fazer o outro crescer; se isso não acontece, então este relacionamento está furado. Para dizer "sim" ao outro, você tem que dizer "não" para você. E quando isso acontece, você está fazendo o outro crescer, e isso precisa acontecer no namoro, no noivado e no casamento.
O amor é uma decisão. Quando você sobe ao altar para se casar, você diz que jura ser fiel, na saúde, doença, amar e respeitar todos os dias da sua vida, e não é uma declaração poética, mas um juramento de fidelidade até o último dia da sua vida. O jovem que não é fiel no namoro, então não será no casamento também.
É o amor que constrói, o amor não é egoísta, mas tudo suporta, tudo espera, esse é o amor de Deus, não o amor dos homens, ou das telenovelas. São Paulo compara o amor dos maridos com o amor que Cristo tem pela Sua Igreja.
Um dos problemas que mais afetam os jovens é a falta de fidelidade e a não vivência da castidade. Mais uma outra coisa: Por que muita gente não é capaz de amar? Amar é dar-se, é renúncia. E por que muitos não conseguem se dar? Porque não se possuem. Para dar algo para alguém você precisa ter posse daquilo.
Eu tenho que me possuir, e como é isso? É ter domínio sobre mim mesmo. Um homem que não tem domínio sobre si, que não consegue dominar-se diante de um prato de comida, ou aquele que não pode ver uma mulher e já vai atrás, é porque não tem comando sobre si; alguém assim não tem liberdade.
Deus não nos fez livres para fazer o mal, mas para fazer o bem. Se a liberdade não respeitar dois vínculos, que é a verdade e a responsabilidade, então não é liberdade, é loucura. Se você não consegue respeitar essas duas virtudes, é sinal de que você perdeu a razão. Ninguém é livre para abusar das pessoas. Ser livre é não ser escravo das paixões e do pecado. Livre é aquele que luta contra o pecado. Para ajudar o outro a crescer é preciso ser livre. Quem não é livre é egoísta.
Por que nós recebemos muitas cartas falando sobre o sexo no namoro? Porque para os jovens de hoje é muito difícil viver a castidade. O mundo vive um pansexualismo, no qual tudo respira a sexo. Não se vende mais um carro, roupa, sem colocar a foto de uma mulher nua. O homem é fascinado pelo corpo da mulher, por isso para o jovem é tão dificil viver a castidade. Deus fez a mulher maravilhosa, encantadora, mas existe um lugar para viver o sexo e o sexo é para ser vivido no casamento. A Igreja ensina que o sexo tem duas funções, unitiva e procriativa, mas antes disso é preciso unir as vidas, é preciso colocar uma aliança no dedo e prometer fidelidade todos os dias da vida. Depois de colocar a aliança no dedo aquele homem é da mulher e a mulher é do homem.
Marido e mulher não podem ficar muito tempo sem relação sexual, a Igreja chama isso de "débito conjugal". O sexo é a liturgia do amor conjugal, é a maior expressão de amor entre o casal. Ali não está se dando apenas um presente, uma rosa, não, é o seu corpo, a sua intimidade que você está dando ao outro. Não há sentido em entregar o seu corpo sem um compromisso conjugal.
E muitos perguntam: Eu amo meu namorado, por que não posso ter vida sexual com ele? Primeiro porque a lei de Deus não quer. E porque Deus não quer é porque Ele não é bom? Não! É porque não é bom, e isso tem um nome: Isso se chama "fornicação", e é pecado grave. Duas pessoas solteiras que se relacionam sexualmente a Igreja chama de adultério ou fornicação. Como cristão católico, você não pode, porque para nós o que vale é a Palavra de Deus.
Viver a castidade no casamento é não desejar a mulher do outro, não ver filme pornográfico e depois querer fazer o mesmo com a sua esposa. E eu, meus irmãos, continuo lutando, pois eu quero esta medalha de ouro, mas você jovem que consegue viver a castidade, a sua medalha será muito maior que a minha, porque quanto maior for a sua luta, tanto maior será o sabor da sua vitória.
Nós precisamos fazer uma santa revolução na juventude, para que os jovens vivam no namoro a castidade, para que eles se respeitem até o casamento. Porque o sexo antes do casamento estraga muito.
O Papa João Paulo II, em 1997, disse que no Brasil, por causa do sexo livre, há milhares de crianças órfãs de pais vivos. Homens covardes que abusam das meninas. E quem paga a conta é a criança, que muitas vezes é abortada, outras ficam aos cuidados dos avós ou em orfanatos. Quando uma criança é gerada no casamento não acontece isso, ou não é para acontecer de os pais abandonarem os filhos. Quando a Igreja pede que o jovem seja casto, é para ele treinar, exercitar a fidelidade para chegar ao casamento com esta fibra e com a graça de Deus.
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br
A cura do mal pela raiz
Um espinho cravado não desaparece simplesmente com o passar do tempo. Ele precisa ser arrancado
Há psicólogos que dizem que somos o resto da vida, basicamente, pelo que nos ocorreu nos três primeiros meses de nossa gestação.
- Lá aconteceram as primeiras e mais marcantes experiências da vida (A primeira impressão é a que fica…);
- Lá éramos bem mais frágeis. (Quanto mais frágil a planta, maior o estrago quando ela for pisada);
- Lá éramos 100% dependentes de nossos pais;
- Lá não tínhamos a quem recorrer quando sofríamos qualquer tipo de ameaça;
- Lá eram os outros que decidiam o que desejavam fazer conosco;
- Lá nossa capacidade de autodefesa era “zero”.
Quando uma árvore está murcha, feia e raquítica, qualquer um percebe que para mudar suas folhas, para que dê melhores flores e frutos é indispensável que se comece adubando e regando suas raízes.
Há um ditado popular que diz: “Cortar o mal pela raiz”. Equivale a dizer: remover as causas e origens daquele mal que se percebe externamente.
Partimos de alguns princípios:
- Toda pessoa é criada boa por Deus; sai das mãos de Deus “sem nenhum defeito de fábrica”;
- Até os cinco anos de idade sua base emocional está basicamente estruturada;
- Quando se pisa sobre algum objeto, facilmente se percebe que o estrago depende muito da fragilidade do objeto que é pisado;
- Quando pisa-se sobre uma planta, quanto mais nova e frágil ela for, tanto maior será o estrago;
- Também quanto mais próxima da concepção for a agressão, rejeição e desamor, maior poderá ser o “estrago” sobre a pessoa que está sendo gerada;
- Um espinho cravado não desaparece simplesmente com o passar do tempo. Ele precisa ser arrancado.
Dica de solução:
Procure pesquisar com seus pais, avós, tios e demais pessoas que possam informá-lo como foi seu período de gestação. Procure saber:
- Como era a relação entre seus pais?
- Eles desejavam um filho naquele momento ou simplesmente se conformaram e o aceitaram depois?
- De que sexo eles preferiam que você fosse?
- Qual foi a reação de sua mãe, pai, avós e tios ao saberem de sua existência?
- Como era a situação financeira e de habitação dos seus pais?
- Mais um filho representou uma grande alegria ou um grande peso, atrapalho e despesa a mais?
- Quais foram as principais atitudes de rejeição e desamor que você recebeu, especialmente nos três primeiros meses de gravidez?
Como se curar:
Através do perdão e do louvor você conseguirá “arrancar os espinhos cravados” e curar as feridas causadas desde o momento da concepção.
Se vocês pais foram ocasião para machucar seus filhos, quando mais agora poderão, com a graça de Deus, ser instrumentos de cura. Pois tudo pode ser mudado pela oração!
- Lá aconteceram as primeiras e mais marcantes experiências da vida (A primeira impressão é a que fica…);
- Lá éramos bem mais frágeis. (Quanto mais frágil a planta, maior o estrago quando ela for pisada);
- Lá éramos 100% dependentes de nossos pais;
- Lá não tínhamos a quem recorrer quando sofríamos qualquer tipo de ameaça;
- Lá eram os outros que decidiam o que desejavam fazer conosco;
- Lá nossa capacidade de autodefesa era “zero”.
Quando uma árvore está murcha, feia e raquítica, qualquer um percebe que para mudar suas folhas, para que dê melhores flores e frutos é indispensável que se comece adubando e regando suas raízes.
Há um ditado popular que diz: “Cortar o mal pela raiz”. Equivale a dizer: remover as causas e origens daquele mal que se percebe externamente.
Partimos de alguns princípios:
- Toda pessoa é criada boa por Deus; sai das mãos de Deus “sem nenhum defeito de fábrica”;
- Até os cinco anos de idade sua base emocional está basicamente estruturada;
- Quando se pisa sobre algum objeto, facilmente se percebe que o estrago depende muito da fragilidade do objeto que é pisado;
- Quando pisa-se sobre uma planta, quanto mais nova e frágil ela for, tanto maior será o estrago;
- Também quanto mais próxima da concepção for a agressão, rejeição e desamor, maior poderá ser o “estrago” sobre a pessoa que está sendo gerada;
- Um espinho cravado não desaparece simplesmente com o passar do tempo. Ele precisa ser arrancado.
Dica de solução:
Procure pesquisar com seus pais, avós, tios e demais pessoas que possam informá-lo como foi seu período de gestação. Procure saber:
- Como era a relação entre seus pais?
- Eles desejavam um filho naquele momento ou simplesmente se conformaram e o aceitaram depois?
- De que sexo eles preferiam que você fosse?
- Qual foi a reação de sua mãe, pai, avós e tios ao saberem de sua existência?
- Como era a situação financeira e de habitação dos seus pais?
- Mais um filho representou uma grande alegria ou um grande peso, atrapalho e despesa a mais?
- Quais foram as principais atitudes de rejeição e desamor que você recebeu, especialmente nos três primeiros meses de gravidez?
Como se curar:
Através do perdão e do louvor você conseguirá “arrancar os espinhos cravados” e curar as feridas causadas desde o momento da concepção.
Se vocês pais foram ocasião para machucar seus filhos, quando mais agora poderão, com a graça de Deus, ser instrumentos de cura. Pois tudo pode ser mudado pela oração!
Padre Alir
aliralir@gmail.com
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br
aliralir@gmail.com
O pecado da gula
A virtude oposta à gula é a temperança
Gula é comer além do necessário para se alimentar. Para alguns, o prazer de comer passou a ser um fim em si mesmo; esse é o erro. E se frustram quando a refeição não é “suculenta e variada”.
Escrevendo aos filipenses, São Paulo se refere àqueles cujo “deus é o ventre” (cf. Fil. 3,19), isto é, o alimento. Se a Igreja nos aponta a gula como um vício capital é porque ela gera outros males: preguiça, comodismo, paixões, doenças, etc... Podemos comer e beber com moderação e gosto, mas não podemos fazer da comida um meio só de prazer; isso desvirtua a alimentação.
Um corpo “pesado” debilita o espírito. Santo Agostinho dizia que temia não a impureza da comida, mas a do apetite. Ele escreve uma página sábia sobre isso: “Vós me ensinastes a ingerir os alimentos como se tratasse de remédios”. Santa Catarina de Sena dizia que o “estômago cheio prejudica a mente”. E Santo Ambrósio afirmava que: “Aquele que submete o seu próprio corpo e governa sua alma, sem se deixar submergir pelas paixões, é seu próprio senhor: pode ser chamado rei, porque é capaz de reger a sua própria pessoa”. E o líder pacifista indiano Gandhi afirmava que “a verdadeira felicidade é impossível sem verdadeira saúde, e a verdadeira saúde é impossível sem o rigoroso controle da gula. Todos os demais sentidos estarão, automaticamente, sujeitos ao controle quando a gula estiver sob controle”.
A virtude oposta à gula é a temperança: evitar todos os excessos no comer e no beber. Para destruir as raízes da gula é preciso submeter o corpo à mortificação. E esta haverá de ser sob a ação do Espírito Santo, nosso Santificador. São Paulo ensinou aos Gálatas e aos Romanos que somente o Espírito pode destruir em nós as paixões. “Conduzi-vos pelo Espírito Santo e não satisfareis o desejo da carne” (Gál. 5,16). “Se viverdes segundo a carne, morrereis, mas, se pelo Espírito fizerdes morrer as obras do corpo, vivereis” (Rom. 8,12). A ação poderosa do Espírito Santo, aliada à nossa vontade, vem em auxílio da nossa fraqueza e nos dá a graça de superar os vícios.
Como remédio contra a gula a Igreja propõe também o jejum; não como um valor em si mesmo, mas como um instrumento para dominar a paixão. Mas Santa Catarina de Sena ensina que “a mortificação deve ser feita de acordo com a necessidade e na exata medida das forças pessoais.” Visto que não se pode impor a todos a mesma mortificação como uma norma rígida, já que nem todos são iguais.
Não é possível querer levar uma vida pura sem sacrifício. O corpo foi nos dado para servir e não para gozar; o prazer egoísta passa e deixa gosto de morte; o sacrifício gera a vida. Não foi à toa que Cristo jejuou quarenta dias, no deserto da Judéia, antes de enfrentar as ciladas terríveis do Tentador, que queria afastá-Lo do caminho traçado por Deus para Ele seguir a fim de salvar a humanidade.
Escrevendo aos filipenses, São Paulo se refere àqueles cujo “deus é o ventre” (cf. Fil. 3,19), isto é, o alimento. Se a Igreja nos aponta a gula como um vício capital é porque ela gera outros males: preguiça, comodismo, paixões, doenças, etc... Podemos comer e beber com moderação e gosto, mas não podemos fazer da comida um meio só de prazer; isso desvirtua a alimentação.
Um corpo “pesado” debilita o espírito. Santo Agostinho dizia que temia não a impureza da comida, mas a do apetite. Ele escreve uma página sábia sobre isso: “Vós me ensinastes a ingerir os alimentos como se tratasse de remédios”. Santa Catarina de Sena dizia que o “estômago cheio prejudica a mente”. E Santo Ambrósio afirmava que: “Aquele que submete o seu próprio corpo e governa sua alma, sem se deixar submergir pelas paixões, é seu próprio senhor: pode ser chamado rei, porque é capaz de reger a sua própria pessoa”. E o líder pacifista indiano Gandhi afirmava que “a verdadeira felicidade é impossível sem verdadeira saúde, e a verdadeira saúde é impossível sem o rigoroso controle da gula. Todos os demais sentidos estarão, automaticamente, sujeitos ao controle quando a gula estiver sob controle”.
A virtude oposta à gula é a temperança: evitar todos os excessos no comer e no beber. Para destruir as raízes da gula é preciso submeter o corpo à mortificação. E esta haverá de ser sob a ação do Espírito Santo, nosso Santificador. São Paulo ensinou aos Gálatas e aos Romanos que somente o Espírito pode destruir em nós as paixões. “Conduzi-vos pelo Espírito Santo e não satisfareis o desejo da carne” (Gál. 5,16). “Se viverdes segundo a carne, morrereis, mas, se pelo Espírito fizerdes morrer as obras do corpo, vivereis” (Rom. 8,12). A ação poderosa do Espírito Santo, aliada à nossa vontade, vem em auxílio da nossa fraqueza e nos dá a graça de superar os vícios.
Como remédio contra a gula a Igreja propõe também o jejum; não como um valor em si mesmo, mas como um instrumento para dominar a paixão. Mas Santa Catarina de Sena ensina que “a mortificação deve ser feita de acordo com a necessidade e na exata medida das forças pessoais.” Visto que não se pode impor a todos a mesma mortificação como uma norma rígida, já que nem todos são iguais.
Não é possível querer levar uma vida pura sem sacrifício. O corpo foi nos dado para servir e não para gozar; o prazer egoísta passa e deixa gosto de morte; o sacrifício gera a vida. Não foi à toa que Cristo jejuou quarenta dias, no deserto da Judéia, antes de enfrentar as ciladas terríveis do Tentador, que queria afastá-Lo do caminho traçado por Deus para Ele seguir a fim de salvar a humanidade.
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br