Pesquisa acompanhou mais de 350 mil pessoas na Dinamarca.
Casos de câncer entre eles ficaram na média geral.
O uso a longo prazo de telefones celulares não aumenta o risco de câncer no cérebro, afirma um vasto estudo realizado durante 18 anos na Dinamarca, cujos resultados saem nesta sexta-feira (21) no site do British Medical Journal.
No final de maio passado, o Centro Internacional de Investigação do Câncer (CIRC), uma agência da Organização Mundial de Saúde, afirmou que o uso de celulares "talvez fosse cancerígeno para o homem", após analisar todos os estudos sobre o tema, incluindo alguns que apontavam maior risco de câncer cerebral.
Mas o estudo dinamarquês, realizado com 358.403 clientes de uma operadora de telefonia móvel, descarta qualquer relação entre câncer e o uso de celular.
A equipe dirigida por Patrizia Frei, da Sociedade Dinamarquesa do Câncer, prorrogou até 2007 uma investigação que seria concluída em 2002 e que não apontava qualquer aumento no risco de câncer para usuários de celular.
Entre as 358.403 pessoas analisadas, ocorreram 10.729 casos de tumores no sistema nervoso central (5.111 homens e 5.618 mulheres), o que equivale à média geral.
O estudo não incluiu os usuários que utilizam o celular de forma profissional, e também não estabeleceu média de tempo de uso do celular.
Assim, os cientistas não descartam um aumento do risco entre os usuários mais assíduos em um período superior a 15 anos, algo que poderá ser objeto de estudos posteriores.
Em 2010, havia mais de 5 bilhões de usuários de celulares no mundo e as autoridades de saúde já recomendam o uso de fones de ouvido para reduzir a exposição.
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