domingo, 23 de outubro de 2011

Uso de celular não aumenta risco de câncer, diz estudo feito por 18 anos

Pesquisa acompanhou mais de 350 mil pessoas na Dinamarca.
Casos de câncer entre eles ficaram na média geral.

 O uso a longo prazo de telefones celulares não aumenta o risco de câncer no cérebro, afirma um vasto estudo realizado durante 18 anos na Dinamarca, cujos resultados saem nesta sexta-feira (21) no site do British Medical Journal.

No final de maio passado, o Centro Internacional de Investigação do Câncer (CIRC), uma agência da Organização Mundial de Saúde, afirmou que o uso de celulares "talvez fosse cancerígeno para o homem", após analisar todos os estudos sobre o tema, incluindo alguns que apontavam maior risco de câncer cerebral.
Mas o estudo dinamarquês, realizado com 358.403 clientes de uma operadora de telefonia móvel, descarta qualquer relação entre câncer e o uso de celular.
A equipe dirigida por Patrizia Frei, da Sociedade Dinamarquesa do Câncer, prorrogou até 2007 uma investigação que seria concluída em 2002 e que não apontava qualquer aumento no risco de câncer para usuários de celular.
Entre as 358.403 pessoas analisadas, ocorreram 10.729 casos de tumores no sistema nervoso central (5.111 homens e 5.618 mulheres), o que equivale à média geral.
O estudo não incluiu os usuários que utilizam o celular de forma profissional, e também não estabeleceu média de tempo de uso do celular.
Assim, os cientistas não descartam um aumento do risco entre os usuários mais assíduos em um período superior a 15 anos, algo que poderá ser objeto de estudos posteriores.
Em 2010, havia mais de 5 bilhões de usuários de celulares no mundo e as autoridades de saúde já recomendam o uso de fones de ouvido para reduzir a exposição.

 Fonte: g1.globo.com

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