quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Cancro de pulmão está a tornar-se o mais mortal para as mulheres

Um estudo divulgado nesta quarta-feira avança com previsões sobre as mortes por cancro na Europa. Em 2015 o cancro do pulmão deverá ultrapassar o da mama e será a primeira causa de morte por cancro nas mulheres.
Aumento de cancro de pulmão nas mulheres é o efeito de uma mudança social que ocorreu há décadas SARA MATOS (ARQUIVO)
Ao todo, vão morrer 1.314.236 pessoas de cancro nos 27 países da União Europeia durante o ano de 2013, prevê um artigo publicado nesta quarta-feira na revista Annals of Oncology. São mais 32.542 pessoas do que as que morreram em 2009 devido ao cancro. Ainda assim, é um saldo positivo, em termos percentuais morrerão menos 6% de homens e menos 4% de mulheres, de acordo com o estudo. O aumento do número efectivo deve-se a uma população europeia mais envelhecida entre as duas datas.
Mas há más notícias dentro das boas novas. A percentagem de mortes por cancro do pulmão está a crescer nas mulheres e prevê-se que seja a primeira causa de morte por cancro na população feminina em 2015, ultrapassando o cancro da mama, tal como já é nos homens.
“Se estas tendências opostas dos rácios [de mortes] de cancro do pulmão e da mama continuarem, então em 2015 o cancro do pulmão será o mais mortal na Europa”, defende Carlo La Vecchia, co-autor do estudo e responsável pelo departamento de Epidemiologia no Instituto Mario Negri em Milão, Itália.
Nos 27 países da UE , em 2013, 14 em cada 100 mil mulheres vão morrer de cancro do pulmão, segundo o estudo, o que equivale a 82.640 mortes, um aumento de 7% face a 2009. O cancro da mama, que por enquanto é mais mortal, vai ser este ano a causa de morte de 14,6 mulheres em cada 100 mil, números brutos são 88.886 mortes. Mas representa uma redução de 7% desde 2009.
No Reino Unido e na Polónia, o cancro do pulmão já se tornou no mais letal. Mata respectivamente 21,2 e 17,5 mulheres em cada 100 mil. “O previsto aumento de cancro de pulmão nas mulheres no Reino Unido pode reflectir a prevalência de jovens mulheres que começaram a fumar nos finais da década de 1960 e na década de 1970, possivelmente devido à mudança de atitudes socioculturais”, diz Carlo La Vecchia.
“No entanto, há hoje menos mulheres jovens a fumar no Reino Unido e em outros países da Europa e, por isso, as mortes por cancro do pulmão deverão começar a diminuir e a nivelar pelas 15 em 100 mil depois de 2020”, acrescenta.
O grande problema do cancro do pulmão é ser muito mais letal quando aparece do que, por exemplo, o cancro da mama, diz-nos por seu lado Helena Gervásio, médica presidente do Colégio da Especialidade de Oncologia Médica da Ordem dos Médicos que trabalha nos Serviços de Oncologia Médica de Coimbra do Instituto Português de Oncologia.
O artigo fez uma previsão probabilística do número de mortes por cancro em 2013 na UE baseado em dados da Organização Mundial de Saúde dos 27 países e utilizando ainda os dados mais recentes dos países mais populosos: França, Alemanha, Itália, Polónia, Espanha e Reino Unido.
“São dados muito importantes para sabermos se estamos no caminho certo [do combate ao cancro]”, explica Helena Gervásio. “O estudo serve para fazermos interpretações sobre a qualidade do tratamento e prevenção dos doentes oncológicos.”
Segundo o artigo, em 2013, irão morrer de cancro 737.747 homens e 576.489 mulheres. Nos homens, o cancro do pulmão é responsável por um quarto das mortes: 37,2 em 100 mil homens. Apesar de a proporção ser muito maior do que nas mulheres, no caso dos homens este cancro está a decrescer. Desde 2009 que já diminuiu a mortalidade em 6%.
A tendência de aumento na mortalidade do cancro do pulmão para as mulheres também se observa em Portugal? “Sim”, responde-nos Helena Gervásio. “É uma tendência mundial que se vem a observar há uns anos. É o reflexo dos hábitos adquiridos há décadas.”
O outro cancro que está em leve crescimento a nível de mortalidade é do pâncreas, neste caso tanto nas mulheres como nos homens (respectivamente 5,5 e 8 mortes em cada 100 mil mulheres/homens para 2013). “Para o cancro do pâncreas os factores de risco [como a alimentação] aumentaram e a melhoria da qualidade da nossa medicina permite-nos também diagnósticos mais precisos”, diz Helena Gervásio.
O estudo prevê ainda que para os outros tipos de cancro como o do estômago, dos intestinos, da próstata ou do útero, a mortalidade vai diminuir em 2013. Helena Gervásio defende que a vacinação contra vírus que provocam cancro e a opção de um estilo de vida saudável são as melhores formas de evitar a doença. Para a médica, estes resultados mostram que “estamos a ter um maior controlo da doença, estamos a dar uma maior qualidade de vida e sobrevivência”.

Video Emocionante - Papa Bento XVI 13/02/2013


Bento XVI volta a explicar o motivo de sua renúncia


Da Redação, com Rádio Vaticano



Reprodução/Reuters
O Papa Bento XVI durante a apresentação de sua renúncia na segunda-feira, 11
No início da audiência geral desta quarta-feira, 13, o Papa Bento XVI reiterou o motivo pelo qual renunciou ao ministério petrino. Acolhido por um longo aplauso dos fiéis presentes para a catequese, o Santo Padre voltou a explicar que examinou sua consiência diante de Deus e está consciente de que não está mais em condições de prosseguir como Bispo de Roma, ministério a ele confiado em 19 de abril de 2005. Veja abaixo o que disse o Papa:

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.: Todas as notícias sobre a renúncia de Bento XVI

.: Papa aos brasileiros: Bento XVI envia mensagem para Campanha da Fraternidade

"Caros irmãos e irmãs,

Como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou a 19 de abril de 2005. Fi-lo em plena liberdade, para o bem da Igreja, depois de ter rezado longamente e de ter examinado diante de Deus a minha consciência, bem consciente da gravidade desse ato, mas também consciente de já não estar em condições de prosseguir o ministério petrino com aquela força que ele exige. Sustenta-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, O qual nunca fará faltar a sua guia e o seu cuidado. Agradeço a todos pelo amor e pela oração com que me tendes acompanhado. (aplausos). Obrigado, senti quase fisicamente nestes dias nada fáceis para mim, a força da oração que o amor da Igreja, a vossa oração, me traz. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa. O Senhor o guiará".

Ainda nesta quarta-feira, à tarde, Bento XVI preside a Celebração das Cinzas, na Basílica Vaticana.

Mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2013


Boletim da Santa Sé




MENSAGEM 
Crer na caridade suscita caridade 
"Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele" 
(1 Jo 4, 16) 

Mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma 2013

Queridos irmãos e irmãs! 

A celebração da Quaresma, no contexto do Ano da fé, proporciona-nos uma preciosa ocasião para meditar sobre a relação entre fé e caridade: entre o crer em Deus, no Deus de Jesus Cristo, e o amor, que é fruto da ação do Espírito Santo e nos guia por um caminho de dedicação a Deus e aos outros. 

1. A fé como resposta ao amor de Deus 

Na minha primeira Encíclica, deixei já alguns elementos que permitem individuar a estreita ligação entre estas duas virtudes teologais: a fé e a caridade. Partindo duma afirmação fundamental do apóstolo João: "Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele" (1 Jo 4, 16), recordava que, "no início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. (...) Dado que Deus foi o primeiro a amar-nos (cf. 1 Jo 4, 10), agora o amor já não é apenas um 'mandamento', mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro" (Deus caritas est, 1). A fé constitui aquela adesão pessoal - que engloba todas as nossas faculdades - à revelação do amor gratuito e "apaixonado" que Deus tem por nós e que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. O encontro com Deus Amor envolve não só o coração, mas também o intelecto: "O reconhecimento do Deus vivo é um caminho para o amor, e o sim da nossa vontade à d’Ele une intelecto, vontade e sentimento no ato globalizante do amor. Mas isto é um processo que permanece continuamente a caminho: o amor nunca está 'concluído' e completado" (ibid., 17). Daqui deriva, para todos os cristãos e em particular para os "agentes da caridade", a necessidade da fé, daquele "encontro com Deus em Cristo que suscite neles o amor e abra o seu íntimo ao outro, de tal modo que, para eles, o amor do próximo já não seja um mandamento por assim dizer imposto de fora, mas uma consequência resultante da sua fé que se torna operativa pelo amor" (ibid., 31). O cristão é uma pessoa conquistada pelo amor de Cristo e, movido por este amor - "caritas Christi urget nos" (2 Cor 5, 14) - , está aberto de modo profundo e concreto ao amor do próximo (cf. ibid., 33). Esta atitude nasce, antes de tudo, da consciência de ser amados, perdoados e mesmo servidos pelo Senhor, que Se inclina para lavar os pés dos Apóstolos e Se oferece a Si mesmo na cruz para atrair a humanidade ao amor de Deus.

"A fé mostra-nos o Deus que entregou o seu Filho por nós e assim gera em nós a certeza vitoriosa de que isto é mesmo verdade: Deus é amor! (...) A fé, que toma consciência do amor de Deus revelado no coração trespassado de Jesus na cruz, suscita por sua vez o amor. Aquele amor divino é a luz – fundamentalmente, a única - que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir" (ibid., 39). Tudo isto nos faz compreender como o procedimento principal que distingue os cristãos é precisamente "o amor fundado sobre a fé e por ela plasmado" (ibid., 7). 

2. A caridade como vida na fé 

Toda a vida cristã consiste em responder ao amor de Deus. A primeira resposta é precisamente a fé como acolhimento, cheio de admiração e gratidão, de uma iniciativa divina inaudita que nos precede e solicita; e o "sim" da fé assinala o início de uma luminosa história de amizade com o Senhor, que enche e dá sentido pleno a toda a nossa vida. Mas Deus não se contenta com o nosso acolhimento do seu amor gratuito; não Se limita a amar-nos, mas quer atrair-nos a Si, transformar-nos de modo tão profundo que nos leve a dizer, como São Paulo: Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim (cf. Gl 2, 20). 

Quando damos espaço ao amor de Deus, tornamo-nos semelhantes a Ele, participantes da sua própria caridade. Abrirmo-nos ao seu amor significa deixar que Ele viva em nós e nos leve a amar com Ele, n'Ele e como Ele; só então a nossa fé se torna verdadeiramente uma "fé que atua pelo amor" (Gl 5, 6) e Ele vem habitar em nós (cf. 1 Jo 4, 12). 

A fé é conhecer a verdade e aderir a ela (cf. 1 Tm 2, 4); a caridade é "caminhar" na verdade (cf. Ef 4, 15). Pela fé, entra-se na amizade com o Senhor; pela caridade, vive-se e cultiva-se esta amizade (cf. Jo 15, 14-15). A fé faz-nos acolher o mandamento do nosso Mestre e Senhor; a caridade dá-nos a felicidade de pô-lo em prática (cf. Jo 13, 13-17). Na fé, somos gerados como filhos de Deus (cf. Jo 1, 12-13); a caridade faz-nos perseverar na filiação divina de modo concreto, produzindo o fruto do Espírito Santo (cf. Gl 5, 22). A fé faz-nos reconhecer os dons que o Deus bom e generoso nos confia; a caridade fá-los frutificar (cf. Mt 25, 14-30). 

3. O entrelaçamento indissolúvel de fé e caridade 

À luz de quanto foi dito, torna-se claro que nunca podemos separar e menos ainda contrapor fé e caridade. Estas duas virtudes teologais estão intimamente unidas, e seria errado ver entre elas um contraste ou uma "dialética". Na realidade, se, por um lado, é redutiva a posição de quem acentua de tal maneira o carácter prioritário e decisivo da fé que acaba por subestimar ou quase desprezar as obras concretas da caridade reduzindo-a a um genérico humanitarismo, por outro é igualmente redutivo defender uma exagerada supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a fé. Para uma vida espiritual sã, é necessário evitar tanto o fideísmo como o ativismo moralista. 

A existência cristã consiste num contínuo subir ao monte do encontro com Deus e depois voltar a descer, trazendo o amor e a força que daí derivam, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus. Na Sagrada Escritura, vemos como o zelo dos Apóstolos pelo anúncio do Evangelho, que suscita a fé, está estreitamente ligado com a amorosa solicitude pelo serviço dos pobres (cf. At 6, 1-4). Na Igreja, devem coexistir e integrar-se contemplação e ação, de certa forma simbolizadas nas figuras evangélicas das irmãs Maria e Marta (cf. Lc 10, 38-42). A prioridade cabe sempre à relação com Deus, e a verdadeira partilha evangélica deve radicar-se na fé (cf. Catequese na Audiência geral de 25 de Abril de 2012). De fato, por vezes tende-se a circunscrever a palavra "caridade" à solidariedade ou à mera ajuda humanitária; é importante recordar, ao invés, que a maior obra de caridade é precisamente a evangelização, ou seja, o "serviço da Palavra". Não há ação mais benéfica e, por conseguinte, caritativa com o próximo do que repartir-lhe o pão da Palavra de Deus, fazê-lo participante da Boa Nova do Evangelho, introduzi-lo no relacionamento com Deus: a evangelização é a promoção mais alta e integral da pessoa humana. Como escreveu o Servo de Deus Papa Paulo VI, na Encíclica Populorum progressio, o anúncio de Cristo é o primeiro e principal fator de desenvolvimento (cf. n. 16). A verdade primordial do amor de Deus por nós, vivida e anunciada, é que abre a nossa existência ao acolhimento deste amor e torna possível o desenvolvimento integral da humanidade e de cada homem (cf. Enc. Caritas in veritate, 8).

Essencialmente, tudo parte do Amor e tende para o Amor. O amor gratuito de Deus é-nos dado a conhecer por meio do anúncio do Evangelho. Se o acolhermos com fé, recebemos aquele primeiro e indispensável contato com o divino que é capaz de nos fazer "enamorar do Amor", para depois habitar e crescer neste Amor e comunicá-lo com alegria aos outros. 

A propósito da relação entre fé e obras de caridade, há um texto na Carta de São Paulo aos Efésios que a resume talvez do melhor modo: "É pela graça que estais salvos, por meio da fé. E isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque nós fomos feitos por Ele, criados em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas ações que Deus de antemão preparou para nelas caminharmos" (2, 8-10). Daqui se deduz que toda a iniciativa salvífica vem de Deus, da sua graça, do seu perdão acolhido na fé; mas tal iniciativa, longe de limitar a nossa liberdade e responsabilidade, torna-as mais autênticas e orienta-as para as obras da caridade. Estas não são fruto principalmente do esforço humano, de que vangloriar-se, mas nascem da própria fé, brotam da graça que Deus oferece em abundância. Uma fé sem obras é como uma árvore sem frutos: estas duas virtudes implicam-se mutuamente. A Quaresma, com as indicações que dá tradicionalmente para a vida cristã, convida-nos precisamente a alimentar a fé com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo, nomeadamente através do jejum, da penitência e da esmola. 

4. Prioridade da fé, primazia da caridade 

Como todo o dom de Deus, a fé e a caridade remetem para a ação do mesmo e único Espírito Santo (cf. 1 Cor 13), aquele Espírito que em nós clama:"Abbá! – Pai!" (Gl 4, 6), e que nos faz dizer: "Jesus é Senhor!" (1 Cor 12, 3) e "Maranatha! – Vem, Senhor!" (1 Cor 16, 22; Ap 22, 20). 

Enquanto dom e resposta, a fé faz-nos conhecer a verdade de Cristo como Amor encarnado e crucificado, adesão plena e perfeita à vontade do Pai e infinita misericórdia divina para com o próximo; a fé radica no coração e na mente a firme convicção de que precisamente este Amor é a única realidade vitoriosa sobre o mal e a morte. A fé convida-nos a olhar o futuro com a virtude da esperança, na expectativa confiante de que a vitória do amor de Cristo chegue à sua plenitude. Por sua vez, a caridade faz-nos entrar no amor de Deus manifestado em Cristo, faz-nos aderir de modo pessoal e existencial à doação total e sem reservas de Jesus ao Pai e aos irmãos. Infundindo em nós a caridade, o Espírito Santo torna-nos participantes da dedicação própria de Jesus: filial em relação a Deus e fraterna em relação a cada ser humano (cf. Rm 5, 5). 

A relação entre estas duas virtudes é análoga à que existe entre dois sacramentos fundamentais da Igreja: o Batismo e a Eucaristia. O Batismo (sacramentum fidei) precede a Eucaristia (sacramentum caritatis), mas está orientado para ela, que constitui a plenitude do caminho cristão. De maneira análoga, a fé precede a caridade, mas só se revela genuína se for coroada por ela. Tudo inicia do acolhimento humilde da fé ("saber-se amado por Deus"), mas deve chegar à verdade da caridade ("saber amar a Deus e ao próximo"), que permanece para sempre, como coroamento de todas as virtudes (cf. 1 Cor 13, 13). 

Caríssimos irmãos e irmãs, neste tempo de Quaresma, em que nos preparamos para celebrar o evento da Cruz e da Ressurreição, no qual o Amor de Deus redimiu o mundo e iluminou a história, desejo a todos vós que vivais este tempo precioso reavivando a fé em Jesus Cristo, para entrar no seu próprio circuito de amor ao Pai e a cada irmão e irmã que encontramos na nossa vida. Por isto elevo a minha oração a Deus, enquanto invoco sobre cada um e sobre cada comunidade a Bênção do Senhor! 

Vaticano, 15 de Outubro de 2012 

Tenhamos cuidado com o que nos afasta de Deus


 
Padre Edmilson
Foto: Maria Andrea/cancaonova.com
Quando chegam as pessoas perto de mim dizendo que a minha pregação foi muito boa eu peço que Jesus me ajude a não cair no orgulho e cair na tentação. Não posso esquecer de que sou um servo inútil e que por isso o que faço é a minha obrigação. 

O tempo da Quaresma é propício para nos humilharmos diante do Senhor, por isso coloque aqui aos pés do Senhor as suas decisões para viver bem este tempo. Irmãos, hoje é o dia de nós nos abstermos de carne vermelha. No passado a Igreja propunha todo tempo quaresmal de abstinência, mas agora ela nos pede no dia de hoje, Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. 

Se caso, você não deseja comer carne vermelha em nenhum dia da quaresma, faça! Seja fiel. Cuide-se para que você também possa dar esmola. Não faça a pena por fazer, se abstenha para poder doar de forma gratuitamente. 

Lhe dou uma dica, àqueles que são viciados pela internet: muitos fazem do seu uso como o um baal, onde se dá muito tempo a isso. Há um tempo atrás, eu também me peguei com esse uso excessivo e comecei a me questionar: o tempo que estava dando para a internet e o pouco tempo que estava dando a Jesus Cristo, eu estava trocando as coisas. 

Hoje em dia, é comum o uso de aparelhos celulares e de seus aplicativos como até mesmo a Liturgia Diária ou a Liturgia das Horas, mas tenhamos cuidado, pois lembre-se Deus honra àqueles que o honram, pois as pessoas de fora não sabem o que você está fazendo e ainda podem julgá-lo. 

Volte para o Senhor! Esteja atento ao uso das coisas que consomem o seu tempo, como a internet ou com os aparelhos celulares. É preciso abster-se daquilo que está nos viciando, por vezes, nos tornamos até mesmo escravos. Veja café, muitas pessoas nãos consegue ficar sem tomá-lo, cuidado!
 
"Volte para o Senhor! Esteja atento ao uso das coisas que consomem o seu tempo"
Foto: Maria Andrea/cancaonova.com

Uma outra penitência para este tempo de esmola, jejum e de oração: São Tiago nos diz que quando dominamos a nossa língua, dominamos o nosso corpo inteiro. Muitos murmuram, criticam, mas ficam como que piedosos diante dos outros. Há pessoas, que ficam buscando ocasião de falarem mal uns dos outros. Lembre-se o justo juiz é o Senhor, pois quem somos nós para julgarmos os comportamentos dos outros. Se você não tem a capacidade de chegar em seu irmão e falar que ele está errado, não comente entre os outros. Muitos criticam as autoridade, mas tem medo de falar com elas, se não tem coragem, cale-se! 

Cuidado, façamos penitência! Busque a oração pelas pessoas em vez de julgá-las. Mas se caso você falar e ela insistir no pecado, saiba que o problema é dela, não é mais seu. O monsenhor Jonas Abib nos ensina que devemos: “Falar bem a todos, querer bem a todos e pensar bem a todos...” Isso é um exercício diário. 

Há situações, que aparentemente são simples, como a murmuração, mas peça ao Senhor que nesta Quaresma Ele nos converta. Jesus, que neste tempo o Senhor seja o meu tudo!
 
Transcrição e adaptação: Luana Oliveira 

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Padre Edimilson Lopes 
Padre da Comunidade Canção Nova

Igreja celebra um novo tempo de conversão

Hoje, 13, a comunidade católica inicia o Tempo Quaresmal com a celebração da Quarta-feira de cinzas, momento em que os fiéis buscam a conversão e a oração. As cinzas recebidas pelos fiéis simbolizam o dever para com a conversão e mudança de vida.
Para o sacerdote da Comunidade Canção Nova padre Reinaldo Cazumbá, a Quaresma é um momento marcante para os católicos, pois retrata a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Muitos fiéis reservam os  quatro dias de Carnaval ou alguns dias para realizar um retiro espiritual e viver bem este tempo especial da Igreja.
“ A centralidade da Quaresma está na passagem de Morte e Ressurreição de Cristo, sendo o fundamento da vida cristã, por isso muitos fiéis fazem a opção de não participarem do Carnaval, mas passar este tempo rezando e se preparando para os 40 dias da espera da Ressurreição do Senhor”, disse padre Reinaldo.
O sacerdote reforça aos católicos que o gesto de impor as cinzas sobre a testa não é uma absolvição dos pecados, mas a abertura solene da Quaresma. Ao receber o sinal da cruz sobre a testa, pelas mãos do sacerdote, escutamos a frase: ‘Do pó tu vieste, do pó tu voltarás’ ou ‘convertei-vos e credes no Evangelho’.
“Essas palavras dizem aos cristãos que eles precisam abrir o coração para a conversão e a mudança que é a Quaresma. Perceberem a fragilidade humana e o pecado que levam o homem para  longe de Deus. A cinza simboliza o homem como pó, um homem fraco que depende de Deus”, refletiu o sacerdote.
A Quaresma é marcada por quatro pontos fundamentais: oração, jejum, penitência e caridade. Segundo o padre Reinaldo, o que leva as pessoas a mudarem de vida é a penitência, portanto é preciso que os cristãos façam além dela, também o jejum, principalmente nas sexta-feiras durante estes 40 dias.
“Gestos de caridade são demonstrações de conversão do coração do fiel, ou seja, as pessoas precisam se abrir para ver as necessidades do próximo. Por isso é marcado pela oração, vida de penitência e de caridade”, pontualizou o padre Reinaldo.
Para viver um boa Quaresma é necessário, realmente, desejar a conversão, e para isso é preciso fazer um boa confissão e ter momentos de vida em oração.
Fonte: blog.cancaonova.com

Quarta-feira de cinzas: Recolhimento e oração

 

Bento XVI envia mensagem para Campanha da Fraternidade

Boletim da Santa Sé



Arquivo
Papa Bento XVI envia mensagem aos brasileiros por ocasião do início da Campanha da Fraternidade
O Papa Bento XVI enviou uma mensagem aos brasileiros por ocasião do ínico da Campanha da Fraternidade nesta quarta-feira de Cinzas, 13. O Papa destacou que a Campanha é um estímulo em preparação à Páscoa e que de bom grado se une a esta iniciativa quaresmal da Igreja no Brasil.

Ao falar sobre o tema da Campanha “Fraternidade e Juventude”, o Papa recordou o pedido que fez aos jovens brasileiros quando esteve em São Paulo em 2007, para serem protagonistas de uma sociedade mais justa e fraterna inspirada no Evangelho, e explicou que na sociedade e na Igreja os “sinais dos tempos” surgem também através dos jovens e menospreza-los seria perder ocasiões de renovação.

Por fim, Bento XVI deixou um convite a juventude e fez votos que a quaresma seja frutuosa na vida dos brasileiros. "Convido os jovens brasileiros a buscarem sempre mais no Evangelho de Jesus o sentido da vida, a certeza de que é através da amizade com Cristo que experimentamos o que é belo e nos redime."

Acesse:
.: Todas as notícias sobre a Campanha da Fraternidade 2013


Íntegra da mensagem do Papa Bento XVI por ocasião do início da Campanha da Fraternidade


Queridos irmãos e irmãs,
Diante de nós se abre o caminho da Quaresma, permeado de oração, penitência e caridade, que nos prepara para vivenciar e participar mais profundamente na paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. No Brasil, esta preparação tem encontrado um válido apoio e estímulo na Campanha da Fraternidade, que este ano chega à sua quinquagésima realização e se reveste já das tonalidades espirituais da XXVII Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho próximo: daí o seu tema “Fraternidade e Juventude”, proposto pela Conferência Episcopal Nacional com a esperança de ver multiplicada nos jovens de hoje a mesma resposta que dera a Deus o profeta Isaías: “Eis-me aqui, envia-me!”(6,8).
De bom grado associo-me a esta iniciativa quaresmal da Igreja no Brasil, enviando a todos e cada um a minha cordial saudação no Senhor, a quem confio os esforços de quantos se empenham por ajudar os jovens a tornar-se – como lhes pedi em São Paulo – “protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna inspirada no Evangelho” (Discurso aos jovens brasileiros, 10/05/2007). É que os “sinais dos tempos”, na sociedade e na Igreja, surgem também através dos jovens; menosprezar estes sinais ou não os saber discernir é perder ocasiões de renovação. Se eles forem o presente, serão também o futuro. Queremos os jovens protagonistas integrados na comunidade que os acolhe, demonstrando a confiança que a Igreja deposita em cada um deles. Isto requer guias – padres, consagrados ou leigos – que permaneçam novos por dentro, mesmo que o não sejam de idade, mas capazes de fazer caminho sem impor rumos, de empatia solidária, de dar testemunho de salvação, que a fé e o seguimento de Jesus Cristo cada dia alimentam.
Por isso, convido os jovens brasileiros a buscarem sempre mais no Evangelho de Jesus o sentido da vida, a certeza de que é através da amizade com Cristo que experimentamos o que é belo e nos redime: “Agora que isto tocou os teus lábios, tua culpa está sendo tirada, teu pecado, perdoado” (Is 6,7). Desse encontro transformador, que desejo a cada jovem brasileiro, surge a plena disponibilidade de quem se deixa invadir por um Deus que salva: “Eis-me aqui, envia-me!’ aos meus coetâneos” - ajudando-lhes a descobrir a força e a beleza da fé no meio dos “desertos (espirituais) do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: (…) o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o é o Catecismo da Igreja Católica” (Homilia na abertura do Ano da Fé, 11/10/2012).
Que o Senhor conceda a todos a alegria de crer n’Ele, de crescer na sua amizade, de segui-Lo no caminho da vida e testemunhá-Lo em todas situações, para transmitir à geração seguinte a imensa riqueza e beleza da fé em Jesus Cristo. Com votos de uma Quaresma frutuosa na vida de cada brasileiro, especialmente das novas gerações, sob a proteção maternal de Nossa Senhora Aparecia, a todos concedo uma especial Bênção Apostólica.
Vaticano, 8 de fevereiro de 2013
[Benedictus PP. XVI]

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Você sabe como surgiu o Cerco de Jericó?

A prática do Cerco de Jericó tem origem no Antigo Testamento
Torna-se cada vez mais comum as comunidades adoradoras fazerem o Cerco de Jericó. De que se trata?
Esta prática nasceu na Polônia. Consiste na oração incessante de Rosários, durante sete dias e seis noites, diante do Santíssimo Sacramento exposto.
De onde veio a inspiração para o “Cerco de Jericó”? No Antigo Testamento, depois da morte de Moisés, Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu. Deus disse a Josué que atravessasse o Jordão com todo o povo e tomasse posse da Terra Prometida. A cidade de Jericó era uma fortaleza  inexpugnável. Ao chegar junto às muralhas de Jericó, Josué ergueu os olhos e viu um Anjo, com uma espada na mão, que lhe deu ordens concretas e detalhadas.Josué e todo Israel executaram fielmente as ordens recebidas: durante seis dias, os valentes guerreiros de Israel deram uma volta em torno da cidade. No sétimo dia, deram sete voltas. Durante a sétima volta, ao som da trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e, pelo poder de Deus, as muralhas de Jericó caíram… (cf. Js 6).
O Santo Padre João Paulo II devia ir à Polônia a 8 de maio de 1979, para o 91º aniversário do martírio de Santo Estanislau, bispo de Cracóvia. Era a primeira vez que o Papa visitava o seu país, sob o regime comunista; era uma visita importantíssima e muito difícil. Aqui começaria a ruína do comunismo ateu e a queda do muro de Berlim.
Em fins de novembro de 1978, sete semanas depois do Conclave que o havia eleito Papa, Nossa Senhora do Santo Rosário teria dado uma ordem precisa a uma alma privilegiada da Polônia: “Para a preparação da primeira peregrinação do Papa à sua Pátria, deve-se organizar na primeira semana de maio de 1979, em Jasna Gora (Santuário Mariano), um Congresso do Rosário: sete dias e seis noites de Rosários consecutivos diante do Santíssimo Sacramento exposto.”
No dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro de 1978), Anatol Kazczuck, daí em diante promotor desses Cercos, apresentou a ordem da Rainha do Céu a Monsenhor Kraszewski, bispo auxiliar da Comissão Mariana do Episcopado. Ele respondeu: “É bom rezar diante do Santíssimo Sacramento exposto; é bom rezar o Terço pelo Papa; é bom rezar
em Jasna Gora. Podeis fazê-lo.”
Anatol apresentou também a mensagem de Nossa Senhora a Monsenhor Stefano Barata, bispo de Czestochowa e Presidente da Comissão Mariana do Episcopado. Ele alegrou-se com o projeto, mas aconselhou-os a não darem o nome de “Congresso”, para maior facilidade na sua organização. Então, deu-se o nome de “Cerco de Jericó” a esta iniciativa.
O padre-diretor de Jasna Gora aprovou o projeto, mas não queria que se realizasse em maio por causa dos preparativos para a visita do Santo Padre. Dizia ele: “Seria melhor em abril.” “Mas a Rainha do Céu deu ordens para se organizarem esses Rosários permanentes na primeira semana de maio”, respondeu o Sr. Anatol. O padre aceitou, recomendando-lhe que fossem evitadas perturbações.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Papa Bento 16 anuncia renúncia ao pontificado



Papa Bento 16 anunciou nesta segunda-feira (11) a renúncia ao pontificado, segundo  o Vaticano. Ele deve deixar o posto em 28 de fevereiro.

Em comunicado, feito em latim durante uma assembleia de cardeais na qual se discutia um processo de canonização, Bento 16 disse que deixará o cargo devido à idade avançada, por "não ter mais forças" para exercer a função.

"Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino", disse o papa em um surpreendente anúncio durante o consistório para marcar as datas de canonização de três causas.

O pontífice, que completará 86 anos em abril, afirmou que "no mundo de hoje (...), é necessário o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado". "Por esta razão, e consciente da seriedade deste ato, em completa liberdade, eu declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro", acrescentou o papa.

AS PALAVRAS DO PAPA

"Queridísimos irmãos, Convoquei-os a este Consistório, não só para as três causas de canonização, mas também para comunicar-vos uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino. Sou muito consciente que este ministério, por sua natureza espiritual, deve ser realizado não unicamente com obras e palavras, mas também e em não menor grau sofrendo e rezando. No entanto, no mundo de hoje, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevo para a vida da fé, para conduzir a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado. Por isso, sendo muito consciente da seriedade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao Ministério de Bispo de Roma, sucessor de São Pedro, que me foi confiado por meio dos Cardeais em 19 de abril de 2005, de modo que, desde 28 de fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro ficará vaga e deverá ser convocado, por meio de quem tem competências, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice. Queridísimos irmãos, lhes dou as graças de coração por todo o amor e o trabalho com que levastes junto a mim o peso de meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora, confiamos à Igreja o cuidado de seu Sumo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e suplicamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista com sua materna bondade os Cardeais a escolherem o novo Sumo Pontífice. Quanto ao que diz respeito a mim, também no futuro, gostaria de servir de todo coração à Santa Igreja de Deus com uma vida dedicada à oração".

Esta é apenas a segunda vez que um Papa da Igreja Católica renuncia ao pontificado.

O cargo ficará vago até a eleição do próximo papa.

Aos 78 anos, ele foi um dos cardeais mais idosos a ser eleito papa. 

Biografia

O cardeal alemão Joseph Ratzinger foi eleito papa em 19 de abril de 2005, em substituição a João Paulo 2º, que havia morrido em 2 de abril de 2005.

Bento 16 é o 265º papa e o primeiro a ser eleito no século 21. Ele assumiu o posto em meio a um dos maiores escândalos enfrentados pela Igreja Católica em décadas - o escândalo de abuso sexual de crianças por clérigos.

Líder da Congregação para a Doutrina da Fé, Bento 16 contou com o apoio das alas mais conservadoras da igreja à época de sua escolha como sumo pontífice.

Ratzinger nasceu em 16 de abril de 1927 em Marktl, Alemanha, e entrou para o seminário aos 12 anos. Na adolescência, estudou grego e latim, e mais tarde se doutorou em teologia pela Universidade de Munique.

É conhecido como grande estudioso e possui sólida carreira acadêmica. Na Igreja, ocupou o posto de prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por difundir e defender a doutrina católica.

Com a morte de João Paulo 2º, Ratzinger foi eleito pelos cardeais em abril 2005 e adotou o nome de Bento 16.

Durante a Segunda Guerra, chegou a ser convocado para combater nos esquadrões antiaéreos alemães. Dispensado, acabou sendo recrutado primeiro pela legião austríaca e depois pela infantaria alemã, da qual desertou em menos de dois meses.

De volta ao seminário, foi ordenado padre em junho de 1951. À função, somou o trabalho como professor de teologia, primeiro na Universidade de Bonn e depois na de Regensburg, onde seria reitor.

Em março de 1977, tornou-se arcebispo de Munique e Freising e, menos de três meses depois, foi criado cardeal pelo papa Paulo 6º. Já sob João Paulo 2º, em 1981, Ratzinger tornou-se o líder da Congregação para a Doutrina da Fé.

Neste cargo, Ratzinger reprimiu com força os teólogos que saíram de sua doutrina rígida e alienou outras denominações cristãs dizendo que não são igrejas verdadeiras.

Chamado de Guardião do Dogma, ele combateu o sacerdócio feminino e condenou a homossexualidade, além de ser contra a comunhão aos divorciados que voltarem a se casar e a impedir o crescimento do laicismo dentro da Igreja, mas não se considera um "durão".