logo após celebração penitencial
Avivamento do Pentecostes, Apostolado da Oração e fiéis
Meu coração ainda está perplexo em contemplação, estagnado diante de um Deus tão grande capaz de se inclinar até a nossa pequenez e desejar-nos como filhos que O chamam ternamente de pai.
Explico-me: acabei de ver o filme “A Evolução das espécies de Chalés Darwin”, e como a nossa subjetividade só vê mesmo o que quer, eu vi um grande cientista cheio de certezas, rezando diante da imagem de cristo, pela saúde de sua filha, vi a batalha de um cristão consigo mesmo num duelo entre fé e razão, vi um grande homem, no qual muitos se gloriam por ser aquele que definitivamente matou Deus, vi esse homem psicótico que via a imagem da filha por onde quer que ele fosse, vi um homem reconhecer sua humanidade e impotência diante de Deus perante a morte, as questões existencialistas, e tantas outras.
Se me permitem dizer, ainda que sendo apenas um mero aprendiz, Darwin foi mais Nitzcheano que o próprio Nitzcher, embora a humanidade creia que ambos mataram Deus, Darwin foi um super-homem, e que poderia eu entender por esse termo se não alguém que reconhece diante de si mesmo, diante da humanidade e diante de Deus que, não é nada?
Super-homem é o homem que mais que qualquer um reconhece sua impotência diante da morte e da vida, que no auge de sua sabedoria reconhece a suprema inteligência ordenadora do universo, a qual nós preferimos chamar de pai, super-homem é o homem no seu mais alto grau de humanidade, impotência e porque não dizer humildade, ainda estou falando de Darwin, no entanto mais parece que falo de cristo, alguém tão grande que soube ser um super-homem, encarar as limitações e obedecer a Deus-pai, antes que qualquer outra coisa.
Nitzcher, por outro lado, nada tinha de super-homem(com todo respeito ao grande pensador que ele foi, e com sua contribuição), não soube superar-se em suas crises existenciais, “matou Deus”, e no entanto enlouqueceu no fim da vida, e por fim enforcou-se. Ora, certamente não é de felicidade que um homem se enforca, se ainda fosse um acidente, mas nem isso! Nitzcher se matou certamente por grandes perturbações interiores que ele fazia questão de esquecer e de matar com Deus, e as vezes bem como ele acabamos por esquecer o que é ser homem para depois tentarmos ser um super-homem, coisa que ele não foi.
Nitzcher negou seus problemas e fugiu deles querendo ser um super-homem, como se este fosse o homem mais forte do mundo, mas apenas conseguiu problemas, como alguém que diz que não gosta de festa de aniversário justamente por nunca ter tido um, negar a realidade ameniza a dor, mas querendo ser grande foi nada, enquanto ser homem consiste em ser pequeno, mortal, limitado, imagine ser um super-homem?
Homem é aquele que reconhece suas limitações humildemente, que chora e se vê impotente, e que por isso reza, homem é um ser limitado e imperfeito, carente de ser amado, doido pra encontrar seu Deus e abraça-lo como o filho perdido, “todo homem é sempre um menino”, ser homem é olhar pro céu tão grande e depois pra mim mesmo tão pequeno perdido no universo e impotente diante da vida e da natureza, e dizer “Meu senhor e meu Deus, só em ti encontro a minha paz, meu amigo e meu pai eu cada dia mais reconheço que EU SOU NADA”.
Não foi Nitzcher, com todo respeito a ele, que me mostrou o que é ser um super-homem, já o sabia quando vi Jesus naquela cruz ensangüentado, que amor se inclina e se apaixona pela nossa humanidade, a nossa fraqueza.
Darwin morreu e foi enterrado como cristão, pois se confessa como tal, quem sou eu para não faze-lo? Diante de ti, e de tudo que me cerca super-homem só pode ser homem no mais alto grau: pequenez, pobreza, impotência, adoração e reconhecimento isso sim é ser um super-homem!
“Hó fé não tenhas medo da razão, razão! Quem te criou foi Deus!”
(Vertitatis Splendore, Jonnes Paullus II°)
Seminarista Georje Gonçalves, 2° ano de filosofia, diocese de Petrolina_PE
Georje_geo@hotmail.com
A promessa que estamos vivenciando nestes tempos, "é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus" Atos, 2,39. Deus cumpre tudo que prometeu aos profetas, ao povo que Ele escolheu. Com a paixão, morte e ressurreição de seu Filho único, Ele derrama sobre todos os homens e mulheres seu ESPÍRITO SANTO. O próprio Jesus disse, "tudo o que pedires recebereis”, quanto mais o Espírito Santo que é o grande desejo do Pai, doá-lo a quem o pedir, a quem desejar. Ele nos ensina, nos orienta, ilumina a nossa fé e sem Ele é impossível acolher os mistérios de Deus, pois Jesus nos disse: "...ensinar-vos-á toda a verdade."Jo.16,13 "Este Dom de Cristo está inteiramente à disposição de todos e encontra-se em toda parte; mas é dado na medida do desejo e dos méritos de cada um. Ele está conosco até o fim do mundo; Ele é o consolador no tempo da nossa espera; Ele, pela atividade dos seus dons, é o penhor da nossa esperança futura; Ele é a luz do nosso espírito; Ele é o esplendo das nossas almas."(S.Hilário, bispo) Meus queridos irmãos e irmãs, que deixemos nos conduzir por Ele, que busquemos de todo nosso coração ser plenificado desta graça, para sermos o que nos pede, hoje, a igreja "a de sermos instrumentos deste Espírito..."(Doc.Aparecida,n.14). Para que o mundo conheça a cultura de Pentecostes, que é a cultura da vida e do amor e que trará solução para tudo o que parece não ter mais solução. Acreditemos no poder transformador deste Amor do Pai que foi derramado nos nossos corações e que é capaz de transformar a nossa vida e a vida de todos aqueles que ouvirem a sua Palavra. Que nossa Senhora nos abençoe e nos ajude a viver profundamente este Pentecostes. Harriet Farias |