segunda-feira, 26 de maio de 2014

Como posso saber se o que sinto é amor verdadeiro?

Uma guia para conhecer as etapas do enamoramento e diferenciar cada tipo de sentimento






© Pedro Ribeiro Simões
22.05.2014 // IMPRIMIR
É muito fácil confundir o amor com os sentimentos de prazer e fascínio que uma pessoa desperta em nós, e terminar, assim, fazendo promessas e entregas de amor quando ainda não estamos preparados para isso.

Felizmente, ciências modernas como a psicologia e a bioquímica já podem ajudar os apaixonados a entenderem melhor seus sentimentos. Com base nos dados destas ciências, podemos dizer, desde já, que amor à primeira vista não existe. Toda relação de casal, por se tratar do encontro entre duas pessoas, passa por diversas etapas, até chegar, algumas vezes, aoamor.

Identificar em que etapa do relacionamento você está o ajudará a saber também que tipo de opção lhes convém mais e como orientar sua relação rumo à conquista do amor verdadeiro.

As etapas do amor

O relacionamento de um casal passa por diversas etapas, que podem ser identificadas como: enamoramentopaixão ou atração; etapa romântica ou do “eu te amo”; e, finalmente, o amor.

O enamoramento

É a etapa cor-de-rosa, na qual duas pessoas se sentem fortemente atraídas e fascinadas uma pela outra. Estas sensações são tão fortes e prazerosas, que muitos casais acham que isso já é amor.

No entanto, a atração que une os apaixonados não é outra coisa a não ser o efeito de substâncias chamadas feromônios, que, além de alterar nossos sentidos e fazer-nos sentir grande atração e paixão diante do mais mínimo contato com a outra pessoa, nos fazem acreditar que não poderíamos ser felizes com mais ninguém.

Ou seja, a atração física é tão forte, que a mente também fica meio congelada e fascinada. Por isso, os apaixonados não enxergam os defeitos dos seus parceiros, e inclusive duvidam que possam tê-los. Tudo parece perfeito.

A esta falta de objetividade se une o fato de que os enamorados, se não mentem sobre eles mesmos, pelo menos escondem seus erros e exageram suas virtudes, pois desejam conquistar o outro a qualquer preço, já que lhe proporciona tão gratas sensações.

Em resumo, o enamoramento é uma fase na qual prevalece o prazer, mas se carece de realismo, pois não sabemos ainda como a outra pessoa realmente é. De fato, durante a paixão, o que amamos do outro não é o que ele é, mas o que sua companhia, seus detalhes, seu toque produzem em nós.

Estas sensações são passageiras, pois o efeito dos feromônios dura, no máximo, 3 anos. Se, durante esse tempo, o casal não se deu a oportunidade de dialogar muito e esforçar-se por conhecer a realidade do outro, ao invés de se dedicar somente a encontros repletos de carinho, mas com pouco conteúdo, o relacionamento tende a acabar.

Se, além disso, o casal tem relações sexuais durante esta etapa, o efeito entorpecedor dos feromônios se duplicará, criando uma sensação fictícia de intimidade. O enamoramento não é a melhor etapa para a entrega que a vida sexual e matrimonial exigem.

Etapa romântica ou do “eu te amo”

Na fase romântica, o casal começa a compartilhar mais e, portanto, a conhecer-se melhor. Ao ir entrando no mundo da outra pessoa, dos seus gostos, ideias, características, habilidades etc., começam a surgir elementos que realmente nos atraem na pessoa, e não somente em seu corpo. Começamos a curtir aquilo que a pessoa é, e não unicamente o que ela causa em nós.

Algumas das características que descobrimos no parceiro são reais. Podemos já ver alguns defeitos, mas também pode haver ainda muita fantasia ou idealização (amar os sonhos que o outro desperta em mim). Por isso, é importante recordar que, nesta fase, estamos apenas começando a conhecer a outra pessoa.

Junto à paixão dos feromônios, na fase romântica surge a ternura, que busca chegar ao profundo da outra pessoa, para fazê-la sentir-se bem.

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