quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Cleiton Saraiva canta: Como esconder

Este pranto em minhas mãos

Mãe de Deus é o título essencial de Nossa Senhora, explica Papa

No primeiro dia do ano, a Igreja celebra a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus
Da Redação, com Rádio Vaticano
missa papaO Papa Francisco presidiu na manhã desta quarta-feira, 1º, a Santa Missa da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Concelebraram com o Santo Padre, um grande número de padres e vários bispos e cardeais presentes em Roma.
Neste dia recorda-se também o 47º Dia Mundial da Paz, instituído pelo Papa Paulo VI. O tema proposto este ano foi “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”.
Na homilia, o Papa Francisco centrou sua reflexão na figura de Maria, Mãe de Deus, meditando aliturgia de hoje.
Sobre a primeira leitura,  do Livro dos Números, que fala sobre a bênção que Deus sugerira a Moisés, para que fosse invocada sobre todo o povo, o Pontífice afirmou que é significativo ouvir estas palavras de bênção no início de um novo ano.
“São palavras que dão força, coragem e esperança; não uma esperança ilusória, assentada em frágeis promessas humanas, nem uma esperança ingênua que imagina melhor o futuro, simplesmente porque é futuro. É uma esperança que tem a sua razão de ser precisamente na bênção de Deus; uma bênção que contém os votos maiores, os votos da Igreja para cada um de nós, repletos da proteção amorosa do Senhor, da sua ajuda providente”, disse.
missa1Francisco explicou que os votos contidos nesta benção realizaram-se de forma plena em Maria, enquanto destinada a tornar-se a Mãe de Deus e “realizaram-se n’Ela antes de qualquer outra criatura”.
“Mãe de Deus! Este é o título principal e essencial de Nossa Senhora. Trata-se duma qualidade, duma função que a fé do povo cristão, na sua terna e genuína devoção à Mãe celeste, desde sempre Lhe reconheceu.”
Papa Francisco recordou o momento importante da história da Igreja Antiga, que foi o Concílio de Éfeso, no qual se definiu com autoridade a maternidade divina da Virgem.
“Esta verdade da maternidade divina de Maria ecoou em Roma, onde, pouco depois, se construiu a Basílica de Santa Maria Maior, o primeiro santuário mariano de Roma e de todo o Ocidente, no qual se venera a imagem da Mãe de Deus – a Theotokos – sob o título de Salus populi romani. Diz-se que os habitantes de Éfeso, durante o Concílio, se teriam congregado aos lados da porta da basílica onde estavam reunidos os Bispos e gritavam: «Mãe de Deus!» Os fiéis, pedindo que se definisse oficialmente este título de Nossa Senhora, demonstravam reconhecer a sua maternidade divina. É a atitude espontânea e sincera dos filhos, que conhecem bem a sua Mãe, porque A amam com imensa ternura”.
missaO Santo Padre afirmou ainda que Maria está presente “desde sempre” no coração, na devoção e no caminho de fé do povo cristão. “O nosso itinerário de fé é igual ao de Maria; por isso, a sentimos particularmente próxima de nós!”, ressaltou.
O Pontífice explicou que o caminho de fé dos cristãos está “indissoluvelmente ligado a Maria”, desde o momento em que Jesus, quando estava para morrer na cruz,”no-La deu como Mãe, dizendo: ‘Eis a tua mãe!’”.
“Estas palavras têm o valor de um testamento, e dão ao mundo uma Mãe. Desde então, a Mãe de Deus tornou-Se também nossa Mãe! Na hora em que a fé dos discípulos se ia quebrantando com tantas dificuldades e incertezas, Jesus confiava-lhes Aquela que fora a primeira a acreditar e cuja fé não desfaleceria jamais”, destacou.
O Santo Padre explicou ainda que Maria torna-Se nossa Mãe, no momento em que perde o Filho divino. “O seu coração ferido dilata-se para dar espaço a todos os homens, bons e maus; e ama-os como os amava Jesus.”
“A Mãe do Redentor caminha diante de nós e sempre nos confirma na fé, na vocação e na missão. Com o seu exemplo de humildade e disponibilidade à vontade de Deus, ajuda-nos a traduzir a nossa fé num anúncio, jubiloso e sem fronteiras, do Evangelho”, observou.
Por fim, Francisco convidou os fiéis a confiarem à Maria “o nosso itinerário de fé, os desejos do nosso coração, as nossas necessidades, as carências do mundo inteiro, especialmente a sua fome e sede de justiça e de paz”.

É tempo de sair da vida cômoda


Padre Roger
Foto: Davidson Francisco/CN

Hoje, quando eu estava vindo para Cachoeira Paulista (SP), o padre Fabrício me enviou uma mensagem de áudio com dois minutos da homilia do padre Jonas desta manhã. E estes dois minutos foram o suficiente para mudar o rumo do que eu havia preparado para esta homilia.

O nosso pai-fundador nos chamou a viver um renovado ardor na pregação da segunda vinda do Senhor. Hoje eu quero dizer que se completará o tempo para a segunda vinda do Senhor, assim como ele se completou quando o anjo Gabriel anunciou a Virgem Maria que ela seria a Mãe do Verbo encarnado. Nós devemos estar cheios de expectativas para a segunda vinda de Jesus, assim como o povo judeu esperava a vinda do Messias!

Nas aparições de Fátima, Nossa Senhora revelou aos Três Pastorinhos segredos, revelações e visões do que iria acontecer se o mundo não se convertesse. E eu fui ler o que a Santíssima Virgem Maria havia pedido a eles no dia 13 de maio de 1917.

A Virgem Maria disse que eles precisavam rezar o terço todos os dias para obterem a paz mundial e o fim da guerra. Você, por acaso, tem ouvido falar de guerra por aí? Você enfrenta verdadeiras guerras espirituais na sua vida? Temos muitos motivos para rezar o terço e pedir paz.

Duas coisas que Nossa Senhora nos pede: ‘Rezai o terço todos os dias’ e ‘Sacrificai-vos pelos pecadores’. Nós estamos vivendo como se não tivéssemos tribulações, como se não fôssemos perseguidos, como se, no Congresso Nacional, ou na ONU, não houvesse leis contrárias à vida e à família. Nós estamos tranquilos em nossas casas achando que tudo está indo bem.

Depois de tudo isso, Nossa Senhora ainda permitiu que eles vissem o inferno. Você imagina o que é ver o inferno!? 


"É tempo de retomarmos nosso terço diário!", pede padre Roger
Foto: Davidson Francisco/CN

Neste ano de 2014, quero propor a vocês que retomemos nossa devoção ao Imaculado Coração de Maria, porque nós estamos numa guerra, numa guerra espiritual, na qual muitas almas estão se perdendo. E Nossa Senhora diz: "Se fizerem o que eu vos disser, terão paz, a guerra vai acabar. Mas, se não deixarem de ofender a Deus […] começará outra pior". E foi exatamente o que aconteceu depois: a tragédia da Segunda Guerra Mundial.

Nossa Senhora ainda disse “Virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão Reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão a paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja”.

Você sabe que, naquela época, a Rússia comunista foi a que mais perseguiu a Igreja. Milhões de pessoas, principalmente os cristãos, padres e freiras, foram fuzilados por esse país. Igrejas e mais igrejas foram destruídas, cumprindo-se assim o que Nossa Senhora havia dito aos Três Pastorinhos.

João Paulo II, no Sínodo dos Bispos de 1984, fez a consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, assim como ela havia solicitado a Irmã Lúcia. Aconteceu que, pouco tempo depois, o Muro de Berlim, em 1989, símbolo da opressão do comunismo russo sobre o mundo, caiu, já como resposta a essa consagração.

Não sei se você sabe que a Rússia é hoje o país mais conservador do mundo, um país que defende os cristãos. O próprio presidente da Rússia disse que vai proteger os cristãos que estão sendo perseguidos pelo mundo, inclusive na África.

Mas como antigamente, no tempo dos Pastorinhos, nós estamos vivendo uma guerra espiritual, em que os valores cristãos estão sendo perseguidos. E existem muitas pessoas que estão tranquilas, achando que está tudo bem. Por isso eu o convido a assumir a sua vida de sacrifício, de oração e de penitência, como pediu Nossa Senhora aos Pastorinhos.

Você não pode mais viver uma vida tranquila, porque nós estamos numa guerra ideológica e cultural, na qual a doutrina cristã é a mais atacada, como um inimigo a ser abatido. Por isso, em 2014, é tempo de lutarmos com a oração diária do terço e com os nossos sacrifícios.

Nós precisamos retomar as promessas e sonhos que Deus tem para nós. Muitos abandonaram estes sonhos e estas promessas de Deus. E lembrando o cumprimento das promessas feitas por Deus fez ao mundo, por meio das profecias de Fátima, eu quero fazê-lo se recordar das promessas que Deus fez em sua vida. 

Centro de Evangelização ficou lotado com fiéis de todo o país para a Missa de Ano Novo
Foto: Davidson Francisco/CN

Na mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, ele disse que nós somos irmãos, filhos do mesmo Pai. Desta forma, a maneira de nos tratarmos e de lidar uns com os outrosprecisa mudar. O Santo Padre nos fala de como Caim frustrou os desígnios de Deus quando matou seu irmão, Abel. Nós somos indiferentes, matamos nossos irmãos, não nos sensibilizamos com os sofrimentos dos outros, matamos com nossa língua as pessoas da nossa comunidade. É preciso ir ao encontro dos que estão nas periferias da existência, ir ao encontro dos idosos, dos doentes, dos marginalizados. A partir de hoje, quando você vir um jovem se drogando nas ruas, diga assim: "Ele é meu irmão". Se você vir um travesti ou uma prostituta na rua você deve dizer "Ele e ela são meus irmãos". Onde está o seu irmão?

Não sejamos indiferentes aos nossos irmãos sofredores! Como filhos de Deus nós devemos ser obedientes; e, ao olharmos para a Igreja, nós vemos que só é obediente aquele que é humilde. E se nós vivermos a humildade e a obediência, como filhos de Deus e herdeiros da graça que somos, nós alcançaremos muitas bênçãos em 2014! 

Transcrição e adaptação: Daniel Machado

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Padre Roger Luís 

Padre da Comunidade Canção Nova